Citologia em Meio Líquido - Hoffmann

O método em meio líquido foi desenvolvido com o intuito de diminuir as limitações da citologia convencional. Além de reduzir o índice de insatisfatoriedade, a técnica permite a otimização do exame em diversos aspectos. De fato, sua introdução resultou em uma redução de casos insatisfatórios de cerca de 9% para 1 a 2%.

O Programa de Acreditação do Colégio Americano de Patologia (CAP) já apresentou um índice de 0,3% a 1,4% versus 1,5% da Citologia convencional, considerando que o parâmetro de amostras insatisfatórias estabelecido pela OMS é de até 5%.

Além da questão de adequabilidade da amostra, estudos apontam que a Citologia em meio líquido reduz os casos de falsos negativos e demonstra maior sensibilidade na detecção de lesões de alto grau. Em resumo, as principais vantagens de sua implementação são:

  • Pouco ou nenhum desperdício do material coletado, evitando perdas indesejáveis de amostra celular;
  • Ausência de problemas com fixação;
  • Maior sensibilidade — redução de resultados falsos negativos;
  • Possibilidade de testes moleculares na mesma amostra;
  • Baixo índice de insatisfatoriedade;
  • Padronização do preparo técnico, possibilitando a confecção de lâminas com material
    em monocamada.

 

Os métodos

Há diversas plataformas de Citologia em meio líquido validadas no mercado, havendo diferenças no processamento técnico, assim como na coleta. Os principais métodos empregados nas técnicas automatizadas se baseiam em:

 

Método por filtragem

As células são depositadas na lâmina, por meio de pressão. Nesse tipo de processamento, com um único equipamento, a amostra é agitada e cria-se correntes no fluido capazes de separar os detritos, dispensando interferentes, como o muco, sem causar lise celular. Então, o material é submetido à filtragem e, por vácuo, uma fina camada de células é transferida para uma área delimitada na lâmina, que é automaticamente transferida para solução fixadora.

ThinPrep e Cell Preserv são exemplos de utilização desse método.

Método por gradiente de densidade e sedimentação

Método por gradiente de densidade e sedimentação

O método converte o material diagnóstico suspenso no meio fixador em uma amostra padronizada e concentrada, sendo a principal etapa o “enriquecimento celular”, que garante a representatividade das células de interesse, sem interferentes. Para esse enriquecimento, é utilizado um reagente específico de densidade. Dessa maneira, forma-se o sedimento celular pela centrifugação, otimizada pela separação do gradiente de concentração. Os processos de pipetagem da amostra e a coloração também são automatizados e garantem que o material da lâmina tenha coloração uniforme e disposição celular em monocamada.

 

Exames complementares

De um modo geral, as infecções sexualmente transmissíveis (IST) são assintomáticas. Por esse motivo, há uma grande dificuldade no diagnóstico clínico, sendo necessária a detecção dos patógenos para um diagnóstico assertivo. O método em meio líquido também possibilita a realização de exames complementares, como a captura híbrida e o PCR para a pesquisa de ISTs.

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